Estação Pêssego
do Metrô |
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Esta estação
de metrô, localizada na zona leste da cidade de
São Paulo,está implantada em sítio de
características topográficas marcantes, tendo
como eixo um vale. Há nove anos, quando se iniciou o
projeto, um córrego definia o vale, de encostas
livres de ocupação e de assentamentos.
Seguindo a tendência natural da grande
metrópole que se expande para as zonas
periféricas, este vale se transformou, o
córrego foi canalizado e uma via expressa
(Jacu-Pêssego), foi traçada e construída
sobre ele. As áreas adjacentes foram ocupadas, a
paisagem se modificou, mas o ponto inicialmente marcado para
a estação permaneceu inalterado e intacta a
sua função.
O partido levou em conta as possibilidades de intervenção no desenho do elevado, respeitando as condições técnicas adotadas pelo metrô. Optou-se por envolver o elevado, no segmento em que se localiza a gare, chegada e saída dos trens, com uma estrutura leve, formada por uma seqüência de arcos metálicos, cobertos em quase toda a sua extensão por telhas térmicas duplas de alumínio, arqueadas, formando um semicilíndro. No trecho que corresponde ao hall de chegada, as telhas se interrompem para dar lugar a vidros laminados curvos, permitindo iluminação zenital e vista da paisagem do vale. Dois blocos perpendiculares e simetricamente dispostos em relação ao eixo da gare, fazem a ligação entre o mezanino e as plataformas de embarque e desembarque.
O conjunto principal
resulta, portanto, em uma planta em cruz, unindo-se a uma
passarela que corre em sua maior extensão,
paralelamente ao elevado, e cujas extremidades se ligam a
dois terminais de ônibus, atravessando o vale e
permitindo o trânsito livre dos usuários por
via elevada. (O presente texto faz parte do livro sobre a obra do arquiteto, que será publicado pela editora portuguesa Blau) ![]() |
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